As férias negras (2)

Desafios

Passaporte, bilhetes na mão, uma excelente companhia de viagem e três destinos: Lisboa, Paris e Londres. Férias felizes certo? Foi o que eu pensei…

Passagem por Lisboa foi rápida e segui para Paris. O plano era passar 2 a 3 dias em Paris, ir a Londres e voltar para terminar de disfrutar da cidade luz. Até aqui as coisas estavam mais controladas ainda que já vivesse constantemente com diarreia. Chegamos em Londres e a vida estava a correr minimamente, nunca fui de comer fast food, mesmo em viagens, por isso entre uma diarreia e outra ia-me aguentando sem perturbar a minha viagem e a das outras pessoas. Até que houve um jantar num destes restaurantes temáticos dos muitos que existem em Londres. Comemos bem depois de um dia a passear no centro de Londres. Chegamos a casa, todos felizes, banho, organização do plano para o dia seguinte e cama.


No meio da madrugada acordo com uma reviravolta na minha barriga e não conseguia precisar de onde vinha tanta dor e tando desconforto. Depois de um bom tempo na casa de banho reparei que a minha diarreia era de cor sangue e tinha uma dor de cabeça infinita que mal me deixava aguentar em pé. Tremia, meu mundo parecia ter entrado em terramoto e não sabia o que fazer. Quando consegui sair da casa de banho fui beber água, fiz pesquisas e mais pesquisas na internet sobre formas de parar a diarreia e eram chás de camomila, água de arroz, enfim uma panóplia de sugestões que acabei por fazer ao longo da noite sem melhoria nenhuma. Não dormi mas não queria estragar o programa. Assim no dia seguinte seguimos para mais um passeio. Eu comia o mínimo possível e lembro-me de ter bebido café tal era a dor de cabeça e um pedaço de chocolate, ou seja, uma bomba para um intestino irritado.


Obviamente, no meio do passeio tive que usar uma casa de banho pública e a dor era torturante, o sangue abundante e o odor fétido. Tive vergonha de sair do separador da casa de banho até ter a certeza que não estava ninguém por perto. Por esta altura as minhas férias e a dos meus amigos já estavam arruinadas.


Já não me lembro detalhadamente se partimos neste mesmo dia ou no dia seguinte para Paris. O meu plano era chegar à Paris e mudar o bilhete e regressar o mais breve que conseguisse à Lisboa. Já tinha falado como a minha amiga de Lisboa ao telefone e ela estava a minha espera, depois de me “dar nas orelhas” por ter inventado tal aventura quando não estava bem.

Foto| Photo by simon gurney from FreeImages

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